Inteligência Artificial na Saúde: Revolução, Desafios e Aplicações
16 de setembro de 2024
Nos últimos anos, o uso da inteligência artificial na saúde tem se intensificado, trazendo avanços significativos, mas também levantando questões importantes. Vamos explorar como a IA está impactando a saúde, suas vantagens e desvantagens, e exemplos de sua aplicação no Hospital Israelita Albert Einstein.
O que é a inteligência artificial na saúde?
A inteligência artificial na saúde refere-se ao uso de algoritmos e tecnologias avançadas para melhorar o atendimento médico e a gestão de serviços de saúde. Ela envolve a análise de grandes volumes de dados para identificar padrões, prever resultados e oferecer suporte na tomada de decisões clínicas.
Dada sua importância, a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) e a Associação Brasileira de Startups de Saúde (ABSS) conduziram um mapeamento sobre o uso da inteligência artificial na saúde entre julho e setembro de 2023.
O estudo revelou que 62,5% das instituições entrevistadas já utilizam IA, com 4,16% classificando seu avanço como excepcional. Além disso, mais da metade dos participantes notaram resultados tangíveis, e 65% planejam aumentar seus investimentos em IA nos próximos 12 meses. Confira o estudo na íntegra [aqui].
Como podemos perceber, o uso da inteligência artificial está avançando rapidamente e, embora possa parecer intrigante, outros países já estão um passo à frente. Imagine um hospital totalmente operado por inteligência artificial. Parece algo de ficção científica, mas essa realidade já está se concretizando na China. Leia a matéria completa "China terá hospital operado só por IA pronto ainda em 2024" e descubra mais detalhes.
A IA na saúde usa algoritmos e tecnologias avançadas para melhorar o atendimento e a gestão de serviços de saúde. Imagem: Pixabay
Quais os benefícios da inteligência artificial na saúde?
- Diagnósticos mais precisos e rápidos: a IA pode analisar exames de imagem, como radiografias e tomografias, com alta precisão, ajudando na detecção precoce de doenças.
- Personalização do tratamento: com a análise de dados genéticos e históricos médicos, a IA pode sugerir tratamentos personalizados, aumentando as chances de sucesso.
- Eficiência administrativa: a automação de tarefas burocráticas libera os profissionais de saúde para se concentrarem no atendimento ao paciente.
- Monitoramento contínuo: dispositivos equipados com IA podem monitorar pacientes em tempo real, enviando alertas para os médicos em caso de anomalias.
- Pesquisa médica: a IA acelera o processo de descoberta de novos medicamentos e tratamentos ao analisar grandes quantidades de dados científicos.
Quais as desvantagens da IA na medicina?
- Privacidade de dados: o uso de IA exige o processamento de grandes quantidades de dados pessoais de saúde, levantando preocupações sobre privacidade e segurança.
- Dependência da tecnologia: o excesso de confiança na IA pode levar à negligência dos conhecimentos e habilidades humanas essenciais na medicina.
- Custo de implementação: a adoção de tecnologias de IA pode ser cara, limitando o acesso em regiões com recursos limitados.
- Erro de algoritmos: embora sejam precisos, os algoritmos de IA não são infalíveis e podem cometer erros, resultando em diagnósticos equivocados.
Conheça algumas aplicações da IA no Hospital Israelita Albert Einstein
A IA na saúde está em constante crescimento e novas tecnologias desenvolvidas por startups incubadas no Eretz.bio, parceiro do Escritório Planetree, estão automatizando processos, aumentando a eficiência dos tratamentos e acelerando o atendimento nas unidades do Hospital Israelita Albert Einstein.
Confira alguns exemplos de inteligência artificial na saúde divulgados pela Época Negócios em 2023:
- Banco de Imagens: projeto de banco de dados universal na nuvem para exames de imagens médicas realizados no SUS. Acessível por qualquer dispositivo, facilita o trabalho dos profissionais de saúde. Soluções incluem segmentação volumétrica de estruturas cerebrais, identificação de afecções pulmonares e classificação de tuberculose pulmonar por raio-x, além de suporte ao diagnóstico de melanoma cutâneo.
- Central de Monitoramento Assistencial (CMOA): algoritmos traduzem dados de pacientes em tempo real, permitindo que médicos e enfermeiros cheguem ao paciente em até cinco minutos para avaliação e procedimentos, prevenindo eventos adversos.
- BRAX: banco de dados desenvolvido pelo Einstein, em parceria com o MIT, com mais de 24 mil estudos de radiografia de tórax e 40 mil imagens. Auxilia clínicos gerais em regiões com falta de médicos radiologistas, ajudando no diagnóstico a partir de radiografias.
Expandindo os avanços da IA na saúde, recentemente foi desenvolvido um robô pela startup brasileira Alabia, incubada no Eretz.bio. Com 80 cm de altura, ele circula pelos corredores do Hospital Israelita Albert Einstein dizendo: "Com licença, preciso passar".
Parte da equipe da farmácia, o robô carrega até 80 kg de medicamentos, otimizando o tratamento dos pacientes internados. Ele realiza dez trajetos diários, transportando medicamentos da farmácia para cinco alas de internação, onde são recebidos pela enfermagem, e depois retornando.
O robô da Alabia realiza sozinho entregas de medicamentos nas alas de internação do Einstein. Imagem: Eretz.bio
Como podemos perceber, a inteligência artificial está revolucionando a saúde. É fundamental acompanhar as novas tecnologias e metodologias que surgem, como o Programa de Certificação Internacional Planetree, que traz benefícios financeiros e culturais para sua instituição. Contate nosso time e saiba mais!
Fonte: Associação Nacional de Hospitais Privados – Anahp; Época Negócios; Eretz.bio